quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Overwatch: O jogo de Supers da Blizzard


Nessa primeira semana de novembro ocorreu nos Estados Unidos a convenção de fanáticos por jogos da Blizzard, "Blizzcon". No meio de anúncios referentes a Diablo, Hearthstone e até mesmo World of Warcraft, Blizzard fez algo que ela não fazia há uma década: Anunciou um jogo ambientado em um "universo novo".
 E esse universo era um universo do gênero de Supers.


Um novo mundo de heróis

Sites de fã como WoW Insider estavam atentos: Essa Blizzcon prometia. Uma patente registrada pela Blizard surgiu na internet poucos dias antes da convenção. Um tal de Eye of Azshara. Os rumores falavam que era uma nova expansão para World of Warcraft, que se tornaria um jogo com expansões anuais.

Ninguém esperava nada sequer parecido como Overwatch. É altamente recomendado que se veja os trailers antes de continuar a leitura dessa postagem. Você os encontra a seguir:

Trailer Cinematográfico

Trailer de Gameplay


O primeiro trailer (que possui um estilo gráfico que lembra o filme da Pixar de super heróis que está para sair esse dezembro, Big Hero 6) é bastante intrigante. Isso é algo diferente para a Blizzard. Essa é uma empresa conhecida por suas franquias de ficção cientifica e fantasia medieval e cá está ela mostrando um gorila falante, uma garota que se teleporta e dois super vilões lutando com seus incríveis poderes de maneira absurda e cheia de vitalidade. No final do trailer, Tracer (A super heroína que se teleporta) diz "Mais heróis são sempre bem vindos". Considerando que essa é uma companhia conhecida por seus jogos multiplayer online tal frase prometia algo do gênero.

É preciso atentar o quão variado são os personagens apresentados no segundo trailer, tem de tudo! Desde um Samurai vingativo a um Anão Forjaferro saido diretamente do WoW e passando por "Eu não posso acreditar que não é Samus Aran" e um gorila gigante!

Não é atoa que a Blizzard diz que esse jogo terá uma suposta 'diversidade' de representação. Agora desde quando o público da Blizzard é homogêneo? Seus jogos beiram o precipito do lugar comum em cultura geek então é bem estranho ver Metzen e outros funcionários da empresa empurrando tal noção, em especial quando as filosofias de conceituação de personagem de personagens ainda parecem algo ter saído diretamente da Blizzard. "E se Blizzard fizesse um jogo de Super Herói"? Os personagens de Overwatch seriam algo próximo no imaginário popular entre fãs tenho certeza.

Overwatch e o gênero de Supers

Mas o que se pode perceber pelo trailer que de fato nos mostra o jogo em ação? Parece uma ênfase em movimentação, tanto vertical quanto horizontal. Os personagens móveis tem uma maneira única de se mover pelo cenário, e os personagens"pesados" ou de suporte todos tem alguma coisa - Nem que seja um dash aéreo, um teletransportador

Comparações com outros jogos de tiro e ação multiplayers focado em habilidades casadas a personagens, e não meramente a loadouts definidos antes da partida são óbvias, mas que tal ver o jogo em uma partida real?


É observando como a partida casa seu gameplay direcionado a personagens e objetivos que é possivel compreender o que Overwatch trás de único para a mesa. Cada personagem realmente parece "único", "consistente" e icônico. No sentido de que após conhecer como um personagem funciona, um jogador não teria muita dificuldade de prever e esperar as ações executadas por tal personagem. Entender os pareamentos será uma habilidade quase tão importante quanto mirar e usar suas habilidades no momento correto.

Note a ênfase nas habilidades dos personagens no video da partida a cima. Há momentos onde por exemplo, os poderes supremos de Pharah e Reaper tomam total controle da partida; Eles são super poderoso. Quando ativados, são os jogadores que estão em sua mira que precisam arranjar uma maneira de sobreviver. Os poderes definem como cada personagem interage com o mundo, e é pelo poder deles que o jogador pode interagir com o cenário.

Misseis todos os dias, sem pular dias

Agora contraste com os conceitos dos personagens, repare o foco na silueta clara deles, porém também perceba a quantidade de detalhes em suas roupas de "Super-Agentes".

Tracer, a menina-propaganda
Tal conceituação muitas vezes contraditória me lembra diretamente outra mídia que se usa de conceitos de Super Heróis: O cinema.

Repare nos detalhes pequenos como bolsos e texturas
Os personagens icônicos e dinâmicos de Jack Kirby ganharam mais algumas linhas e detalhes em suas interpretações em três dimensões, e curiosamente o novo jogo de ação 3d da Blizzard também enche seus personagens de todo tipo de pequeno detalhe, que granulam o design. Mas é lendo a história de cada um dos personagens revelados na Blizzcon que se percebe justo o quanto Overwatch é um jogo de Supers! A trama de revolta de máquinas, de um super grupo governamental atrelado as nações unidas e super seres heróicos lutando juntos evoca imagens como "Vingadores 2: Era de Ultron" e diversas histórias da Liga da Justiça (Com direito a uma sociedade de macacos inteligentes que se consideram superiores aos humanos).

Eu uso qualquer desculpa para postar o Grodd aqui na Playing Hero
A soma e a comunicação entre o design do gameplay e a atenção ao universo de jogo e dos personagens em Overwatch faz parecer que a Blizzard realmente compreende o gênero e quer fazê-lo jus a ele, pegando inspiração a geração mais cinematográfica - E que de certa forma construiu um dialogo visual em três dimensões ao qual não funciona tão bem em quadrinhos.

Esse é um jogo que a Playing Hero ficará de olho, porém nossa próxima postagem nos levará de volta ao mundo dos RPGs de Super Heróis. Fiquem ligados!

Nenhum comentário:

Postar um comentário