quarta-feira, 29 de agosto de 2018

As inspirações estéticas e conceituais de "Neo-Guanabara: A Cidade do Futuro"

Esboços da personagem exemplo "Tainá" por Dani Cruz
Nessa semana nesse trem de hype que estamos fazendo para o "Neo-Guanabara: A cidade do futuro", uma pequena entrevista para a co-criadora do projeto, Dani Cruz. Nessa entrevista, ela fala das inspirações estéticas não só da arte do livro que representa o cenário, mas o que motivou a ela criar esse mash up de Cyberpunk, com artes marciais e o gênero supers.


Dani Cruz já trabalhou com a Playing Hero, fazendo a arte interior do Intergalactic Lucha Libre League. Contudo, dessa vez ela não é meramente uma artista contratada, ela ativamente cria elementos do cenário do jogo Neo-Guanabara além de fazer parte do time de playtesting. Ela é uma Co-Autora e a força estética do jogo. Abaixo, umas perguntas que expandem um pouco no que ela tem trabalhado.

Poderia nos explicar, em suas palavras, o que é o projeto: “Neo-Guanabara: A Cidade do Futuro”?
Dani Cruz: Neo-Guanabara é um RPG de artes marciais e super humanos (alguns são heróis, outros não) ambientado em um cenário Cyberpunk tropical, inspirado pela realidade brasileira e carioca que nos cerca.

Quais são as suas inspirações para o projeto?
Dani Cruz: Nossa primeira inspiração surgiu quando eu e Arthur (Playing Hero) assistimos juntos Aventureiros do Bairro Proibido e Fuga de Nova York. Ambos adoramos filmes de ação dos anos 80 e ficção científica, e estávamos numa vibe John Carpenter na época. Daí pensamos “por que não criar um RPG onde fosse necessário utilizar artes marciais para combater um sistema opressor em um cenário de ficção científica?”. Assim, escolhemos naturalmente o gênero Cyberpunk, atrelando a ele elementos da nossa realidade brasileira e carioca. Eu me inspiro em muitas mídias para criar visualmente um futuro distópico e fantástico carioca. Dentro do gênero Cyberpunk, me inspiro por filmes como Blade Runner (1982), mangás e animes como Gunm, jogos como Shadowrun. Buscamos representar uma pluralidade cultural brasileira ao mesmo tempo em que Neo-Guanabara é uma cidade global (e ficticia), e isso é um tremendo desafio. Nossa personagem exemplo principal, a Tainá, se desconectou de sua família e sua cultura indígenas desde cedo e cresceu no meio de uma escola de Ciber Jiu-Jitsu. Ela tenta resgatar sua identidade e tradições, cultuando a natureza em um contexto em que tudo é artificial, em um mundo em que o mar é praticamente plástico, radiação e monstros bizarros, esse é um conflito interessante, na minha opinião. Ao mesmo tempo, sua paixão e conhecimento por artes ciber marciais é como ela impõe sua vontade no mundo, uma fusão de habilidade humana e implantes artificiais.

Gunm foi uma inspiração chave

Que tipo de experiência deseja passar para o público no projeto?
Dani Cruz: Gostaria que fosse um cenário de ficção-científica “quente”. Ou “tropicalia”, como o Arthur(Playing Hero) costuma dizer. Com a irreverência brasileira. E que ele estivesse ao alcance de outros públicos, não apenas às pessoas que convencionalmente consomem o gênero cyberpunk.

Como está indo a produção do projeto?
Dani Cruz: A produção está à todo vapor, tem sido intensa porém gostosa de se fazer! O Arthur(Playing Hero) está focado no game-design e eu nas artes para a campanha do Catarse. O objetivo é até novembro termos tudo pronto. Ao longo deste ano tenho animado personagens, ilustrado cenários e outros elementos de design gráfico relacionados ao projeto.

** Fiquem atentos para a próxima postagem, onde iremos falar de Sistemas e mecanicas e como Subverte-los!
Lançamento?!
Em Novembro, iremos por no Catarse o projeto. Os fundos serão usados para que o livro do jogo seja impresso no mundo real, mas que também seja o mais bonito possível usando a arte da Dani Cruz.
A cada semana até lá, iremos revelar diferentes elementos do jogo, iremos comentar em sua produção estetica, e falaremos sobre o cenário, culminando em uma aventura com personagens pré prontos junto do Catarse!
Esperamos te encontrar lá, a Guilda de Perseguidores sempre precisa de mais membros afinal.

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