DOTA 2 é a sequencia de "DOTA-All Stars", um mod para Warcraft III extremamente popular. Nesse sequencia, boa parte do jogo se manteve a mesma, enquanto a aparência dos personagens foi refinada e transformado em personagens únicos, enquanto seu predescessor se usava de unidades de seu "jogo pai", Warcraft III.
Foi essa mudança que trouxe DOTA 2 de fantasia mítica inspirada por Warcraft a talvez um dos poucos híbridos de fantasia/super heróis que se encontra no mercado de jogos atualmente.
Nessa postagem iremos analisar como isso ocorre no jogo, mas antes é importante definirmos o que é 'DOTA 2".
DOTA 2 faz parte de um gênero conhecido como "MOBA" ou como é encarecidamente chamado pelos fas (e criticos) do jogo, ASSFAGGOTS (Aeon of Strife Styled Fortress Assault Game Going On Two Sides. Aeon of Strife foi o primeiro mod que inspirou os criadores de DOTA) onde 10 jogadores (5 vs 5) se enfrentam selecionando personagens com poderes absurdos.
O objetivo do jogo é destruir o "Ancient" do inimigo, enquanto se defende a mesma estrutura do seu lado do mapa. É bem mais complicado do que isso, com unidades aliadas e inimigas nascendo no mapa em momentos ordenados e especificos e que quando derrotadas dão "experiencia" e "ouro", permitindo jogadores evoluírem seus personagens e comprar objetos para os fortalecer. Mas parte da complexidade é justamente o fato de que meramente atacar tais unidades irá resultar em uma desvantagem para o grupo que fez isso.
Video do Youtuber "Quatro Queijos". Visite o canal dele para ainda mais guias de dota 2
DOTA 2 é um jogo complexo por causa de seus inúmeros nuances e detalhes. Talvez os detalhes mais importantes e visíveis contudo, e o que permite jogadores iniciantes compreenderem o jogo
Os heróis.
 |
| Atualmente o jogo possui 107 "heróis" jogáveis |
Super Heróis?
A nomenclatura oficial para se referir aos personagens do jogo são "heróis". Isso é um resquício do mod, onde unidades com habilidades e poderes elevados também recebiam essa nomenclatura (Hero Unit) no jogo original. E é uma referencia ao conceito de herói mitico de fantasia medieval do que meramente supers. Porém, DOTA 2 mudou a aparência dos personagens, além de expandir o passado deles, o que geralmente se encaixa com seus poderes incríveis. Antes de entrarmos nas mecânicas gerias do jogo, vamos antes analisar alguns "heróis de exemplo" que nos mostrem a cor e o absurdo do gênero de Super Heróis.
Vale lembrar que o que apontamos aqui não é um esforço consciente; DOTA 2 foi feito pensando em elementos míticos e de alta fantasia. A conjectura aqui é mais uma diversão e coincidência do que um esforço coletivo para de se criar super heróis de fantasia mas ei! Isso é uma oportunidade de se aprender sobre tais coincidências e construir jogos que de fato, misturem um pouco dos dois gêneros.
Elder Titan
Os não iniciados bateriam os olhos em Elder Titan e pensariam: "Oh uma figura humanoide imensa, musculosa, com uma cor espalhada por seu corpo. Uma referencia ao Incrível Hulk talvez?"
Mas se olharmos para sua Bio e descrição de poderes percebemos que as ferramentas de jogo que jogadores se utilizam para interagir com o mundo de jogo quando selecionam Elder Titan somada a descrição de personagem nos cria um personagem cósmico, algo que Jack Kirby provavelmente colocaria em uma aventura dos Guardiões da Galáxia.
Seu corpo contrasta com sua personalidade e passado, sua silhueta o deixa identificável e icônico e seus poderes são grandiosos, absurdos, sobre-humanos. Diria que até únicos, você não ve em fantasia medieval o tipo "Barbaro Musculoso Semi-nu" sendo associado com Deuses de Criação e muito menos controles de forma astrais e pancadas que colocam pessoas para dormir, muito menos fendas na realidade que causam destruição por energia astrais. O contraste de sua aparencia com função, os seus poderes absurdos e sua iconografia fariam de Elder Titan um personagem que facilmente participaria de um universo cósmico de super heróis.
Terrorblade
A primeira coisa a se notar é o nome: Terrorblade é o tipo de personagem que é -esperado- em revistinhas como a do Doutor Estranho ou até mesmo Spawn. O nome, os chifres, o corpo esquisito, monstruoso, sua silhueta...Tudo contribui para um visual icônico. Mas os super poderes e conceito de personagem fazem dele único.
Um dêmonio que era tão mal, que foi condenado a uma especie de inferno só para dêmonios, e lá ele aprendeu a manipular as suas ferramentas de tortura e usar elas como super poderes? Isso encaixaria perfeitamente como o passado de um Super Vilão. Associado ao nome e visual, esse personagem tem mais proximidade de HQs do que mitos hebraicos/babilônicos sobre demônios.
Silencer
Talvez o exemplo mais claro do "Super Heroismo" de DOTA 2 seja o Silencer. Em sua bio podemos ver a passagem: "o maior utilizador de magia que o mundo alguma vez viu". E a explicação para tal é ainda melhor; Silencer é o produto de uma linhagem de magos cuidadosamente feita para resultar nesse "Mago Supremo".
Mas a coisa vai ainda mais longe, ele tem até uma identidade civil ("Nortrom") mas no jogo ele é chamado apenas de "Silencer", considerando seus poderes, suas falas, sua personalidade e suas ações, todas se relacionam com o tema de "Silencio" ou "Silenciar", podemos ver uma iconografia clara e concisas para o personagem. Coloque poderes únicos e super poderosos neles e a patenteada silhueta "Valve" no personagem, e temos um super heróis de fantasia em nossas mãos.
Super Heroico
Finalmente, o jogo divide em duas facções os personagens, os "Dire" e os "Radiant". Uma associada a natureza e preservação e a outra associada a destruição. É quase como o embate de uma facção de super heróis de fantasia contra uma de super vilões!
Mas vai ainda mais fundo: O jogo consiste em defender e não ser derrotado. Claro, a vitória ocorre quando se destroi a base inimiga, mas o cerne do jogo, como se "ganha" uma partida de DOTA 2 é acumular riquezas e experiencias, defender suas unidades, negar poder ao seu oponente e salvar o dia explodindo seu quartel general.
Conclusão
Enquanto que DOTA 2 não é conscientemente um jogo de Super Heróis fantásticos, muitas de suas filosofias de design resultam em conceitos de personagem e elementos de gameplay que acidentalmente estariam em casa no gênero de supers, e estudando tais conceitos poderiam nos levar a jogos que misturem o Super Heroísmo com Fantasia Medieval.
**
A arte no começo do artigo do personagem Skeleton King vem do talentoso artista Tiago Silvério
http://tiagosilverio.deviantart.com/art/Skeleton-king-426909506
Vale lembrar que o que apontamos aqui não é um esforço consciente; DOTA 2 foi feito pensando em elementos míticos e de alta fantasia. A conjectura aqui é mais uma diversão e coincidência do que um esforço coletivo para de se criar super heróis de fantasia mas ei! Isso é uma oportunidade de se aprender sobre tais coincidências e construir jogos que de fato, misturem um pouco dos dois gêneros.
Elder Titan
Mas se olharmos para sua Bio e descrição de poderes percebemos que as ferramentas de jogo que jogadores se utilizam para interagir com o mundo de jogo quando selecionam Elder Titan somada a descrição de personagem nos cria um personagem cósmico, algo que Jack Kirby provavelmente colocaria em uma aventura dos Guardiões da Galáxia.
Seu corpo contrasta com sua personalidade e passado, sua silhueta o deixa identificável e icônico e seus poderes são grandiosos, absurdos, sobre-humanos. Diria que até únicos, você não ve em fantasia medieval o tipo "Barbaro Musculoso Semi-nu" sendo associado com Deuses de Criação e muito menos controles de forma astrais e pancadas que colocam pessoas para dormir, muito menos fendas na realidade que causam destruição por energia astrais. O contraste de sua aparencia com função, os seus poderes absurdos e sua iconografia fariam de Elder Titan um personagem que facilmente participaria de um universo cósmico de super heróis.
Terrorblade
Um dêmonio que era tão mal, que foi condenado a uma especie de inferno só para dêmonios, e lá ele aprendeu a manipular as suas ferramentas de tortura e usar elas como super poderes? Isso encaixaria perfeitamente como o passado de um Super Vilão. Associado ao nome e visual, esse personagem tem mais proximidade de HQs do que mitos hebraicos/babilônicos sobre demônios.
Silencer
Mas a coisa vai ainda mais longe, ele tem até uma identidade civil ("Nortrom") mas no jogo ele é chamado apenas de "Silencer", considerando seus poderes, suas falas, sua personalidade e suas ações, todas se relacionam com o tema de "Silencio" ou "Silenciar", podemos ver uma iconografia clara e concisas para o personagem. Coloque poderes únicos e super poderosos neles e a patenteada silhueta "Valve" no personagem, e temos um super heróis de fantasia em nossas mãos.
Super Heroico
Finalmente, o jogo divide em duas facções os personagens, os "Dire" e os "Radiant". Uma associada a natureza e preservação e a outra associada a destruição. É quase como o embate de uma facção de super heróis de fantasia contra uma de super vilões!
Mas vai ainda mais fundo: O jogo consiste em defender e não ser derrotado. Claro, a vitória ocorre quando se destroi a base inimiga, mas o cerne do jogo, como se "ganha" uma partida de DOTA 2 é acumular riquezas e experiencias, defender suas unidades, negar poder ao seu oponente e salvar o dia explodindo seu quartel general.
Conclusão
Enquanto que DOTA 2 não é conscientemente um jogo de Super Heróis fantásticos, muitas de suas filosofias de design resultam em conceitos de personagem e elementos de gameplay que acidentalmente estariam em casa no gênero de supers, e estudando tais conceitos poderiam nos levar a jogos que misturem o Super Heroísmo com Fantasia Medieval.
**
A arte no começo do artigo do personagem Skeleton King vem do talentoso artista Tiago Silvério
http://tiagosilverio.deviantart.com/art/Skeleton-king-426909506
O jogo é super legal, mais sem muito tempo para jogar tudo o que desejo ficou fora da lista.
ResponderExcluir