sexta-feira, 6 de junho de 2014

Vamos falar do futuro.
Tanto o futuro da Playing Hero como site, como o de nossos “Justiceiros Jogáveis”, o motivo desse site existir. Mas para chegarmos ao futuro e analisarmos ele de maneira sábia e nos preparar para ele, precisamos antes olhar para o presente e analisar as sementes que aqui foram plantadas.


Playing Hero

O ultimo mês não houve update, e teremos updates reduzidos até o final do ano. Desejo atualizar o site uma vez por semana ao menos, mas por causa do estudo para o mestrado as atualizações vão ter que ter um ritmo menor. Espero que compreendam.

Quanto nossas colunas, a do Astro Purpura e do Super Dragon, terei tempo apenas para uma, escolhi o Super Dragon por parecer a coluna que mais anima as pessoas e pelo feedback que recebo lá.

É com pesar que faço tais decisões. Mas entenda que apesar das propagandas que você vê pelo site, não recebo nada por atualização, e por mais que eu queira me estender sobre super-heróis como um gênero de jogo, eu preciso me preparar e conseguir dinheiro para me sustentar também.

Mas talvez o futuro guarde mais tempo para atualização? Quem sabe?
Agora que colocamos os pratos limpos na mesa, vamos jantar.

O presente dos Justiceiros Jogáveis

Antes de observamos o todo, vamos ao local:

Como estão os jogos de super-herói no Brasil?

Na frente de jogos eletrônicos, nós surpreendente temos jogos de Super Heróis sendo produzidos e publicados aqui!
Heroes Rush Tactics, que coloca um “twist” diferente nos jogos tradicionais de estrategia por turnos ao vestir um manto heroico, mas que parece apaixonado demais pelo conceito de ter um personagem Hacker em seu trailer para nos mostrar mais.
Contudo este vídeo pelo canal Goplaygamesbr nos mostra um pouco mais do gameplay:
O gameplay “ativo” é um tanto intrigante, algo que é visto na série de jogos “Paper Mario” mas que raramente sai para um jogo estilo estratégia, é de longe o maior atrativo do jogo fora a brincadeira de “Hackear” inimigos e é uma solução interessante para se construir um jogo no gênero de super-heróis. “Ação” é talvez a coisa mais importante a ser capturada em qualquer mídia e adicionar um elemento ativo em um jogo de decisões e animações passivas é um ótimo toque.

Já o futuro dessa frente, é ainda mais brilhante:
Feito pelo já consagrado estúdio Indie brasileiro que teve seus jogos antigos publicados no Steam e com penetração mundial, eis que chega o Chroma Squad!

Bem, irá chegar quero dizer. De qualquer forma, além de ser o primeiro que discutimos aqui na Playing Hero que NÃO trata de super-heróis americanos, ele parece que está sendo feito com o intuito de emular todos os clichês e recursos narrativos do sub gênero de tokusatsu; Os Sentai. (aquelas séries de super esquadrão que passaram aqui na decada de 80 a 90, Changeman, Flashman e similares)

O que significa que é um dos jogos que, similar ao primeiro jogo que resenhamos aqui, tem como objetivo de projeto principal recriar a experiencia de ser um herói, no caso, um herói de sentai. Se alguma coisa que postamos aqui reflete a opinião do leitor, fique atento a esse jogo, pois se ele cumprir suas metas e objetivos vai ser um clássico instantaneo.

E os RPGs?

Falando de Brasil, e do presente, temos o seguinte para Mutantes & Malfeitores:

Absolutamente nada.

O forúm de discussão oficial do jogo está extremamente silencioso, e quem pode culpa-lo? O grupo de facebook ainda tenta postar e conversar sobre regras e adaptações mas já mostra o desgaste de não te absolutamente nenhum material publicado no Brasil.

Vale lembrar que a Jambô prometeu desde ano passado o lançamento da terçeira edição de Mutantes & Malfeitores, mas nada se concretizou.

Fora duas postagens sobre um jogo independente sendo produzido no grupo de discussão de jogos Independentes de RPG que será um hack de Dungeon World para supers, e dois sistemas de Tokusatsu (que iremos discutir em uma postagem futura, em detalhes), o nosso “presente” para jogos de rpg sobre Super Heróis no Brasil é carregado por jogos independentes e o que já foi lançado para Mutantes & Malfeitores.

Podia ser pior, mas podia ser tão melhor que não há desculpa. Será que a linha de livros Mutantes & Malfeitores vende tão mal por aqui que ficar anos sem publicar a edição mais recente é um movimento de negócios válido?

Ele sequer é incompativel com a segunda edição, lançar a terceira edição aqui no Brasil poderia fazer os livros já lançados venderem -mais- se fizerem um marketing que deixa claro esse aspecto do livro.

E é isso. O máximo que você encontrará de Supers no mercado de RPG Brasileiro são iniciativas de fãs.

Será isso algo ruim?

A nossa comunidade de rpg parece bastante concentrada em jogos de fantasia, se me perguntar.

Justiceiros Jogavéis Eletrônicos Mundiais

Enquanto isso no resto do mundo...O que se tem são jogos multiplayer online, MMORPGs de super-heróis e...Pouco mais.

Claro eu estaria fazendo um descaso se ignorasse clássicos do gênero como Hulk Ultimate Destruction, Freedom Force, City of Heroes e tantos outros, mas me refiro a jogos recentes, que ainda recebem updates.

Há três deles no mercado atualmente: DC Universe Online, Marvel Heroes e Champions Online.

Champions Online está no que os americanos chamam de “Maintenance Mode”, onde as atualizações do jogo são pequenas, pontuais e não adicionam muito ao jogo.

DC e Marvel Heroes estão no processo de colocar mais conteúdo em seu “end game” para tentar conseguir a atenção dos jogadores que chegaram ao nível limite.

Quanto ao pouco mais...A sequencia (ou possível spin off) do jogo Comic Book Hero está sendo feita pela empresa Grey Dog Software. Esse é um jogo único e acho que merece uma postagem só sobre ele no futuro.

Parece que os Justiceiros Jogáveis americanos são meramente jogos de licença das 'Grandes Duas' empresas de quadrinhos. Ao menos, por enquanto. Uma pena.

Mas e os RPGs no ponto de vista Mundial?


Na frente de RPGs, e de jogos de mesa em geral...Eu diria que...Bem vejam vocês mesmos aqui.

De todos os lugares, é justamente no mercado mundial de jogos de mesa que encontramos pessoas vendo o sub gênero como algo rentável, que valha a pena ser publicado, buscar jogadores, dedicar tempo. Há um levante de jogos de rpg de Supers por algum motivo lá fora. Será que tal sentimento chegara ao Brasil?

Apenas o tempo dirá (provavelmente não).

Agora, por que ele deveria?
O que há de tão especial em jogos do sub gênero de supers?

Explorarei isso na próxima postagem.

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