Ainda no encalce do "Super Dragon", nós da Playing Hero decidimos que seria interessante (E divertido!) não só jogar uma campanha longa de Space Dragon, mas documenta-la, pegar o material produzido pelo grupo e transformar em texto, regras e reflexões do delicioso jogo feito por Igor Moreno.
Nessa postagem inicial, feita com os jogadores da campanha em mente, divido um cenário criado especialmente para tal campanha. Boa parte dos detalhes será gerado em jogo, e os resultados também serão postados. Espero que se divirtam.
A galáxia peculiar
denominada de “Olho Dourado” já viu dias melhores.
Por ser uma galáxia
“anel”*, as viagens precisam ser feitas com cuidado. Velocidade
mais rápida do que a luz precisa ser usada com cuidado, para não ir
em direção ao centro “vazio” da galáxia, pois muitos viajantes
e tripulações perderam suas vidas no vácuo desnudo de eixos
gravitacionais. Um mar negro, frio, silencioso espera aqueles que
tentam cortar caminho.
Esta particularidade
resultou em uma briga pelo espaço galático, quando “Eles”
vieram.
Eram três impérios,
vastos e infinitos, que chegaram a Olho Dourado, lutando por espaço,
por recursos, por supremacia.
Os Holometabólicos
Foram os primeiros que
descobriram a galáxia. Seu povo, descendentes dos colonos terráqueos
que se fundiram com uma raça de simbiontes que lembram insetos do
falecido planeta Terra, são conhecidos por sua tolerância cultural.
Os planetas absorvidos a sua hegemonia são poupados,
respeitados...Se estes se curvarem a sua fé a Grande Mãe, a
inseto original, que pariu de um casulo o primeiro Holometabólico.
Metade homem, metade outra coisa.
Sem grandes
competidores, planetas sem muita tecnologia e com habitantes doceis,
isolados, foram conquistados, pacificados e alterados para suprirem
as necessidades simbióticas dos Holometabólicos. Vendo aqueles que
não aceitam a benção da Grande Mãe como “forasteiros”, muitos
dos chamados “alienígenas” viraram estranhos em seus próprios
planetas.
Os Transcendistas
A paz dos homem-inseto
durou pouco. Pois os filhos dos antigos colonos humanos de galáxias distantes expandem seu império à Olho Dourado. Originalmente
alterados para ter sua consciência, sua “alma”, presa em corpos
metálicos e gelados, sua cultura evoluiu a recusar a carne do corpo,
e vestir seus corpos modernos com orgulho. O que era uma necessidade
para minerar as luas de Irilidium se tornou o destino manifesto dos
Transcendistas.
Seus corpos e sua
tecnologia voltada ao extermínio a todos que não vestem corpos
mecânicos como os seus entrarem em choque com as pequenas
civilizações com alguma presença galatica em Olho Dourado.
Nenhuma delas
sobreviveu.
Os remanescentes dessas
populações se espalharam por Olho Dourado, buscando ajuda. Auxilio.
Vingança.
E então as primeira
escaramuças entre os Transcendistas e os Holometabólicos começaram.
Mas era só o começo.
União Intergalática
de Colonos (UIC)
No berço dessa guerra,
a União Intergalática de Colonos (ou UIC) viu a oportunidade para
lucro. Vendendo armas e mercenários para os dois impérios
intergaláticos, não demorou muito para ser alvo dos dois quando a
própria UIC passou a ocupar planetas sem habitantes porém ricos em
minérios raros e misteriosos.
A sociedade “In
Vitro” de UIC os permitiu gerar humanos em laboratório para
colonizar, suprir armamentos e recursos e soldados em tempo recorde.
Por não possuir a tecnologia avançada dos Transcendistas ou os
poderes psíquicos e carapaças dos Holometabólicos, a UIC precisa
contar com a eficiência de seus humanos criados em laboratório para
fazer alguma diferença nesse conflito que deixa manchas vermelhas
pela galáxia.
Porém mesmo todo esse
caos, toda essa perda, toda essa destruição, não é o verdadeiro
motivo de Olho Dourado ter visto dias melhores. Guerras vem e vão,
para uma galáxima milenar como ela, é apenas mais um grupo de
formas “inteligentes” perdendo e dando suas vidas por lucro.
O motivo é o Astro
Purpura. O “planeta fantasma”. O “Espectro Gasoso”. O “Deus
que ri”.
O grande globo purprua
tem muitos nomes, geralmente ditos em sussuros. Quando é possível
avistar ele a olho nu do ponto de vista de um planeta, é sinal que
um destino horrivel paira sobre aquele local.
Mutações.
Aberrações.
O fim.
Olho Dourado precisa de
heróis. Precisa de visionários. Precisa de soluções. Os grandes
poderes não se importam com essa galáxia. É apenas uma de muitas.
Se o Astro Purpura a devorar, é só ir em outra.
Mas os habitantes
originais, os alienigenas “locais”, iriam ter um fim.
E quem diz que esse
estranho fenômeno da astro fisica ficará retido apenas nesse local?
Tal crise também
significa uma oportunidade sem tamanho para possíveis mercenário,
traficantes e vendedores.
Opções de Personagem:
Apesar do cerne do conflito armado em Olho Dourado ser entre três diferentes tipos de colonos humanos, não significa que jogadores ficariam limitados a criar humanos desses três lugares. Existem incontaveis colonias humanas como há estrelas.
Apesar do cerne do conflito armado em Olho Dourado ser entre três diferentes tipos de colonos humanos, não significa que jogadores ficariam limitados a criar humanos desses três lugares. Existem incontaveis colonias humanas como há estrelas.
O que é importante
lembrar é que em 14.000 da Era Intergalática, a Terra faleceu.
Alienígenas de todos os
tipos e tamanhos são permitidos, além de qualquer tipo de robô
imaginado.
Mutantes, alterados
pelo Astro Purpura também são uma opção válida.
O cenário:
Iremos usar a geração
aleatória de planetas embutida no livro “Space Dragon” para
construir as locações para as aventuras, além dos povos. Claro que
com algum controle do mestre. A ideia é construir a galáxia dourada
enquanto ela é explorada.
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*Galáxias em anel não funcionam dessa maneira. A "ficção cientifica" de Space Dragon é retro, fantástica, absurda.
Arte feita por Dani Cruz em começo de carreira, a mais de 5 anos atrás. Enquanto que ela ilustra um pouco o cenário de Astro Púrpura, é um sketch rápido feito para outro projeto! Veja no link a arte mais recente dessa talentosa ilustradora.
interessante
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